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Justiça

Operação Influencer: escutas sobre outros casos e envolvendo António Costa podem ser aproveitadas na investigação

A razão para se manterem interceções telefónicas sobre futebol ou sobre a TAP – mesmo envolvendo um primeiro-ministro –, num processo que tem outras características e tipos de crime, deve-se aos "conhecimentos fortuitos". Ou seja, que "podem originar a abertura de novo inquérito". Advogado do caso critica 'vazamento' do processo na comunicação social e sugere o fim do segredo de justiça. Defesa de António Costa diz que ainda não teve acesso aos “elementos” que têm vindo a ser divulgados

Tiago Miranda

A CNN Portugal divulgou esta terça-feira uma conversa entre António Costa e João Galamba, que foi escutada quando eram primeiro-ministro e ministro das Infraestruturas, respetivamente, e faz parte do processo que resultou da Operação Influencer. Os dois ex-governantes falavam sobre a necessidade de substituir a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, que teria autorizado uma indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, administradora com quem se tinha desentendido. A conversa foi considerada relevante para o processo, apesar de nada ter a ver com os factos em investigação.