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Justiça

“Clarinha” comandava uma rede de 17 traficantes e lucrava 2250 euros por dia a vender crack e heroína em Braga

Começou a ser julgado no Tribunal Judicial de Braga um dos maiores gangues de tráfico de droga da cidade, com contactos no Bairro da Pasteleira, no Porto. 17 arguidos coordenados por Maria do Céu (conhecida como “Clarinha”) estão acusados de lucrarem 2250 euros por dia com duas bancas de venda e entregas ao domicílio

ERIKA SANTELICES/ Getty Images

O tráfico de drogas duras em Braga acontece num triângulo urbano com vértices em três bairros sociais — Picoto, Enguardas e Santa Tecla. Um cerco da PSP a Santa Tecla originou o inquérito-crime do DIAP do Tribunal de Braga que começou a julgar uma rede de 18 arguidos — acusados de venderem 120 mil euros por mês em “crack” e “pó”, dos quais cerca de 70 mil eram lucro.

O tráfico diminuiu no bairro com o julgamento do maior gangue de Santa Tecla a arrancar no Tribunal de Braga e dois dos principais arguidos a declararem-se culpados. Mas, nas Enguardas, os vigias à porta dos prédios têm mais trabalho do que nunca e a degradação humana prossegue inalterável no cimo da encosta no Picoto.