“Nascemos no mesmo ano, vivemos no mesmo prédio". Ricardo Sá Fernandes volta-se para trás, olha na direção do cliente e amigo e dispara: “Tenho a certeza que não é corrupto porque analisei exaustivamente o o processo. Manuel Pinho foi o melhor ministro da Economia deste país. Eu sei que estás inocente. Rejeitaria defender um corrupto que dissesse que não é corrupto”.
Estava dado o tom para a primeira parte das alegações finais da defesa de Manuel Pinho. Num tom muitas vezes emocional, Ricardo Sá Fernandes defendeu que o ex-governante “errou” , mas “confessou” e não pode ser condenado por corrupção “só porque o Ministério Público acha que não há outra explicação”.