O Tribunal Criminal de Lisboa quer começar a julgar o que ainda sobrar da Operação Marquês já em março. Mas primeiro tem de esperar por duas decisões essenciais: a do Tribunal da Relação de Lisboa, que está a avaliar o recurso do Ministério Público relativamente à decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, e a do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, que está há seis meses a analisar as nulidades arguidas por Sócrates ainda sem resultados. Ambas as decisões estão previstas para o final de janeiro de 2024.
Se restar algum crime, a intenção do Tribunal Criminal de Lisboa é começar de imediato o julgamento, porque os crimes de falsificação de documentos imputados começam a prescrever em 2024 e há outros de branqueamento que também estão em perigo de prescrição. Se a intenção do tribunal vingar, o julgamento deverá iniciar-se perto das eleições legislativas marcadas para 10 de março, precipitadas pela demissão de António Costa na sequência da Operação Influencer, que investiga o ainda primeiro-ministro, o seu chefe de gabinete, Vítor Escária, e o ex-melhor amigo Lacerda Machado.