Justiça

Operação Influencer: interrogatórios na reta final. Juiz vai ouvir as alegações este domingo

Juiz Nuno Dias Costa ainda vai ouvir dois elementos do círculo próximo de António Costa: o seu chefe de gabinete, Vítor Escária; e Diogo Lacerda Machado, o melhor amigo do primeiro-ministro demissionário e o pivot de todo o processo judicial

António Costa e o seu chefe de gabinete, Vítor Escária, que foi exonerado esta quinta-feira, nos jardins de São Bento, residência oficial do PM
Tiago Miranda

Se tudo correr como planeado e sem atrasos, o juiz Nuno dias costa deverá ouvir a partir deste domingo as alegações finais da defesa e do Ministério Público no caso Influencer.

Este sábado, foi ouvido Afonso Salema, CEO demissionário da Start Campus. Ao início da tarde, ainda faltava ouvir dois dos homens próximos de António costa que foram detidos por suspeitas de corrupção, tráfico de influências e prevaricação: Vítor Escária, chefe de gabinete e Diogo Lacerda Machado, ex-conselheiro e o melhor amigo do primeiro-ministro que se demitiu na sequência do caso.

De acordo com uma fonte judicial, o juiz espera ouvir as alegações da defesa dos arguidos e do Ministério Público a partir das 11 da manhã de domingo.

“As medidas de coação serão quando o juiz tiver condições, se eu tive uns dias duros, o juiz teve uns dias muito duros, porque esteve a ouvir toda a gente, portanto ele terá obviamente de digerir isto tudo. Se consegue fazer domingo, ou segunda, não sei”, afirmou Pedro Duro, advogado de Afonso Salema, à Lusa.

Os detidos foram presentes ao juiz na última quarta-feira, mas os interrogatórios só começaram no dia seguinte. Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines, foi o primeiro a prestar declarações, seguindo-se Rui Oliveira Neves, Afonso Salema, Vítor Escária, e, por último, Diogo Lacerda Machado.

O processo, que levou à demissão de António Costa depois de saber que está a ser investigado por um procurador do Supremo Tribunal de Justiça, investiga suspeitas de corrupção e tráfico de influências na construção de um um data center em Sines. Entre os arguidos que não foram detidos estão o ainda ministro das Infraestruturas, João Galamba; o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta e João Tiago Silveira, que foi porta-voz do PS: