Ainda não era uma da tarde quando António Costa, primeiro-ministro em funções, decidiu telefonar ao então ministro do Ambiente para discutir o negócio do lítio e do hidrogénio verde que, na perspetiva do executivo, poderia atrair a Portugal milhares de milhões de euros. A chamada telefónica teve lugar a 28 de dezembro de 2020, em plena crise sanitária da covid 19, e foi escutada pelo Ministério Público. É que já na altura o negócio era considerado suspeito pelo Ministério Público e Matos Fernandes era alvo das escutas.