Justiça

"Venho negar de A a Z, porque se trata de uma acusação falsa e sem nexo": julgamento de Pinho adiado

Sessão foi adiada devido à greve dos funcionários judiciais

Pedro Nunes

O antigo ministro da Economia Manuel Pinho abandonou esta terça-feira antes das 10h o Campus de Justiça, depois de o arranque do seu julgamento ser adiado devido à greve dos funcionários judiciais. Mas garantiu que irá negar as acusações do Ministério Público de que foi corrompido por Ricardo Salgado.

"Venho negar de A a Z, porque se trata de uma acusação falsa e sem nexo", afirmou Pinho aos jornalistas.

Detido em prisão domiciliária em Braga, o antigo ministro deslocou-se a Lisboa para o falso arranque do julgamento, e explicou que pernoitou em Lisboa em casa de familiares, devidamente autorizado pela justiça, voltando agora a Braga, antes da sessão agendada para sexta-feira.

"Virei as vezes que forem necessárias porque é do meu interesse esclarecer esta mentira", declarou Manuel Pinho aos jornalistas.

O antigo governante disse ainda não temer uma potencial segunda acusação relativa à EDP, que foi a origem do inquérito, iniciado em 2012, que resultou na acusação pela qual é agora julgado. Só que as suspeitas de favorecimento da EDP ficaram para já fora desta acusação do Ministério Público, que apenas avançou com a parte do processo relativa à relação de Pinho com os interesses do Grupo Espírito Santo.