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Integração

Porto acolhe mais de 36 mil estrangeiros: projetos culturais da Casa da Música e do Coliseu reforçam integração na cidade

Num momento em que as discussões sobre imigração parecem subir de tom, na Casa da Música e no Coliseu do Porto, constroem-se harmonias rumo à inclusão pela arte. Através dos projetos Mundi e ELO, integram mais de uma centena de imigrantes tornados artistas. Este domingo, o Mundi apresenta-se ao público no Sonópolis, na Casa da Música

Rui Oliveira
Rui Oliveira

Seguindo a tendência nacional dos últimos anos, o Porto tem-se tornado cada vez mais uma cidade de diversidade étnica e cultural. Segundo a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), viviam no concelho do Porto, em 2023, quase 36 mil cidadãos estrangeiros - um aumento de 52,8% em relação a 2022. No distrito, são cerca de 97 mil, sendo o Porto o quarto distrito com mais presença estrangeira, depois de Lisboa, Setúbal e Faro.

“Temos percebido, ao longo destes meses, que muitas das pessoas que escolhem Portugal para viver, durante os primeiros anos - nem digo meses - têm muita dificuldade em perceber em que espaços são bem-vindos”, aponta Filipa Godinho, diretora do Serviço Educativo do Coliseu do Porto, que, no final de 2024, abriu portas à integração de imigrantes com música, dança e teatro, na segunda edição do projeto ELO.