Coronavírus

Covid-19. Atrasos das farmacêuticas reduzem para metade o número de vacinas que chegam a Portugal até final de março

Francisco Ramos, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 confirmou que o calendário previsto para as entregas das vacinas não será cumprido. Até final de março deverão chegar cerca de dois milhões de doses, metade do que foi previsto em dezembro

LINDSEY WASSON/REUTERS

As contas feitas no início de dezembro apontavam para a chegada de mais de quatro milhões de doses da vacina contra a covid-19 durante o primeiro trimestre deste ano. No entanto, com o atraso das farmacêuticas na produção das vacinas, deverão chegar apenas cerca de dois milhões até março. Ao "Jornal de Negócios", Francisco Ramos, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, confirmou que o calendário previsto para as entregas não será cumprido.

Segundo Francisco Ramos, Portugal não deverá receber mais do que cerca de 200 mil doses da Pfizer até março - o plano inicial indicava o envio de 1,5 milhões de doses. Já o calendário da vacina da Moderna deverá ser cumprido com a entrega de 227 mil doses no primeiro trimestre deste ano.

Em relação à vacina da AstraZeneca, que produz o fármaco mais barato, estava previsto que chegassem a Portugal 1,4 milhões de doses. No entanto, os atrasos em relação ao calendário inicial revelam que o número cai para cerca de 700 mil doses recebidas.

E as cerca de um milhão de doses da vacina Janssen/J&J também não vão chegar em março. "A melhor das estimativas aponta para entrega em junho", acrescentou Francisco Ramos.