Ciência

Guimarães Space Hub: centro de investigação aeroespacial vai nascer na cidade berço

O polo tecnológico deve ficar concluído até ao final de 2025. O projeto custa entre 10 e 12 milhões de euros

D.R.

Um novo centro de investigação aeroespacial vai nascer na cidade berço. A Câmara Municipal de Guimarães e o CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto assinaram esta terça-feira (5 de março), um protocolo de colaboração para transformar a antiga fábrica têxtil do Arquinho no ‘Guimarães Space Hub’, polo tecnológico que deve ficar pronto até ao final de 2025. A requalificação vai custar entre 10 e 12 milhões de euros.

Será no ‘Guimarães Space Hub’ que vai ficar instalado um centro de operações para controlar a Constelação do Atlântico, um conjunto de 16 satélites para a monitorização do oceano e das florestas.

“Espero que [a obra] seja financiada ainda pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] ou, se não for pelo PRR, que seja pelo [Programa] Portugal 2030. Ainda não está fechado, mas está o compromisso assumido: é para lançar a obra a concurso e fazermos. Temos o compromisso com a Universidade do Minho, com a escola de engenharia aeroespacial e com o CEiiA, que vai lá ter uma sala de trabalho”, afirmou o presidente da Câmara da Guimarães, Domingos Bragança.

O autarca deu conta de que “o projeto está concluído, está a ser validado pelas diversas entidades”, esperando “lançar o concurso de obra ainda este mês”, que considera ser muito relevante para afirmar a cidade neste setor.

“É muito importante para a afirmação de Guimarães no aeroespacial, não só na ciência, mas também na indústria e nos serviços do aeroespacial. Este ‘Guimarães Space Hub’ é exatamente para construirmos esse caminho bem alicerçado para trazermos para Guimarães empresas que operam mundialmente através do CEiiA, da Universidade do Minho. Guimarães é a plataforma colaborativa com outros territórios em que o CEIIA e as universidades estão a trabalhar, nomeadamente com o IMT e outras universidades e empresas”, explicou o edil.

Domingos Bragança acredita que o futuro centro tecnológico do setor da indústria aeroespacial vai potenciar a criar oportunidades de trabalho a “jovens muito qualificados”, deixando um repto aos empresários e aos cientistas investigadores.

“Desafio a todos, àqueles que têm talento, para aproveitarem as oportunidades e criarem as suas empresas, neste conjunto excecional em plataforma colaborativa que nos dá a indústria aeroespacial”, vincou o presidente da câmara.

Domingos Bragança espera que futuramente possa ser desenvolvido e construído um satélite “made in Guimarães”.