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Nova diretora admite reorganização do Laboratório Ibérico de Nanotecnologias. Renovação de equipamentos custa "dezenas de milhões"

Clívia Sotomayor Torres confirma que o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologias vai escolher áreas de atuação prioritárias, mas afasta a hipótese de despedir cientistas. Os equipamentos científicos comprados há 12 anos já vão dando sinais de obsolescência, mas para conseguir alcançar o reconhecimento mundial será necessário abrir cordões à bolsa, ao mesmo tempo que se desenvolvem iniciativas que vão permitir obter novas fontes de receitas

Clivia Sotomayor Torres, diretora-geral do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia

Clívia Sotomayor Torres só toma posse do cargo de diretora geral do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) a meados de novembro, mas desde setembro que anda a tomar o pulso ao complexo de laboratórios criados pelos governos de Portugal e Espanha. Os dois primeiros meses serviram para confrontar a missão de criar um Laboratório relevante à escala mundial com os recursos que encontrou na cidade minhota. Aos 68 anos, a cientista da área da física que deixou o Chile, na década de 1970, para abraçar uma carreira que passa por Reino Unido, Alemanha, Suécia, Irlanda e Espanha, tem em mãos uma nova fase de transição no INL.

Além de uma reorganização que poderá levar à seleção de projetos e áreas estratégicas de maior potencial, Sotomayor Torres faz notar que alguns equipamentos que poderiam ser muito evoluídos há 12 anos, já começam a dar sinais de obsolescência. “Trata-se de um investimento de dezenas de milhões de euros”, diz sobre a renovação de equipamentos científicos que terá de ser levada a cabo nos próximos tempos.