A Real Academia das Ciências da Suécia tem mais cor na hora dos pontos quânticos. E para prová-lo, Johan Åqvist, presidente do Comité que escolhe o prémio Nobel da Química, trouxe um conjunto de frasquinhos que mais parece um arco-íris portátil: “Todos estes frascos têm a mesma substância… então como é que podem ter cores diferentes? Senhores e senhoras, trata-se de um efeito quântico!”
Possivelmente até nos televisores que assistiram à transmissão haverá quantum dots, mas o tudo começou nos anos 1980, quando ainda havia União Soviética, e Alexei Ekimov começa a trabalhar com partículas de cloreto de cobre em vidro. Pouco depois, Louis Brus comprova o efeito, e Moungi Bawendi encontra forma de produzir os pontos quânticos que todos conhecem como quantum dots. E é esse trabalho que valeu a repartição do Nobel da Química de 2023.