Vários estudos defendem que as pessoas mais ricas estão mais satisfeitas com a vida do que as pessoas pobres. No entanto, o conceito de satisfação com a vida é diferente do conceito de felicidade, que consiste não em como nos sentimos sobre a vida, mas em como nos sentimos emocionalmente em qualquer momento. Pelos vistos, o dinheiro não pode comprar tudo.
Estudos recentes desenvolvidos pelo Departamento de Psicologia da Universidade de Colúmbia Britânica, no Canadá, mostram que tantos os ricos como os pobres podem ser igualmente felizes. Indicadores como a relação rendimento / satisfação de vida e a relação rendimento / felicidade são reveladores das conclusões deste estudo. O único indicador em que diferem é no nível de tristeza: indivíduos com rendimentos superiores são tendencialmente menos tristes no seu dia-a-dia.
Um estudo publicado na revista de Psicologia Social e de Ciência da Personalidade adianta que a relação entre o rendimento e a tristeza é tão forte como a relação entre o rendimento e a satisfação de vida. O autor do estudo, Kostadin Kushlev, refere que "a dificuldade em lidar com infortúnios aumenta quando os rendimentos são mais baixos, uma vez que se poderá gerar um sentimento de falta de controlo das vicissitudes da vida, o que trará mais consequências para a tristeza do que a para a felicidade".
Por outro lado, as pessoas mais ricas não desfrutam dos simples prazeres da vida, que consistem numa chave para a felicidade.