As duas crianças são ainda bebés de colo, começaram a andar recentemente. Um é menino e a outra é menina. São erguidos no ar enquanto as mães insistem para darem um beijinho na boca. Estão prometidos. Ainda não balbuciam as primeiras palavras, mas já têm casamento marcado, aguardando apenas que as famílias decidam que “está na hora”. O caso é relatado ao Expresso por quem acompanha de perto o fenómeno do casamento infantil, precoce ou forçado, bem como as uniões informais, que envolvem menores de 16 anos e são, por isso, ilegais.
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“Não é fenómeno exclusivo das comunidades ciganas e poderá ser muito mais extenso”: há 10 anos que não havia tantos casamentos com menores
Os dados oficiais incluem apenas casamentos de menores legalmente permitidos, ou seja, com 16 e 17 anos. As organizações alertam para uma realidade “muito mais extensa”, que não se limita a determinados grupos