Exclusivo

Sociedade

Caso Odair Moniz: PJ admite manipulação de faca com luvas: ausência de ADN na arma reforça suspeitas

Relatório final da PJ sublinha “incongruências relacionadas com a arma branca apreendida” no local do homicídio

Odair Moniz foi baleado mortalmente a 21 de outubro do ano passado, na Cova da Moura, por um agente da PSP agora acusado de homicídio
António Pedro Santos/Lusa

O Laboratório de Polícia Científica (LPC) da PJ admite que a faca encontrada no chão próxima do corpo de Odair Moniz possa ter sido manuseada por uma pessoa que usava luvas para não deixar impressões digitais. Essa é uma das principais razões para explicar a inexistência de vestígios de ADN naquela arma. “Manusear um objeto com luvas pode levar à insuficiência de ADN para análise, pois estas atuam como uma barreira física que impede ou minimiza a transferência”, refere o relatório do LPC no caso do cozinheiro de 43 anos que morreu na madrugada de 21 de outubro na Cova da Moura (Amadora), baleado duas vezes pelo agente da PSP, entretanto acusado de homicídio pelo Ministério Público.