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Os ‘velhinhos’ telemóveis de teclas estão de volta e os jovens são quem mais os procuram

O aumento da consciencialização dos efeitos negativos associados ao uso excessivo do smartphone está a levar a um ressurgimento, em vários países, dos antigos telemóveis básicos. Vendas estão a crescer sobretudo entre os jovens

Carlota, 24 anos, decidiu trocar o smartphone por um telemóvel básico, que apenas faz chamadas e envia mensagens de texto

Até há poucos meses, Pedro Lemos, de 26 anos, sentia-se muitas vezes desconcentrado. Não conseguia focar-se numa tarefa ou ler um livro sem ser constantemente interrompido por notificações do seu smartphone. E mesmo quando este não vibrava, sentia a necessidade de, regularmente, pegar no dispositivo para verificar se tinha recebido algum e-mail ou mensagem ou, simplesmente, para ver “se se passava alguma coisa” nas redes sociais. Assim que pegava nele, era como se perdesse a noção do tempo. “Quando dava por mim, tinha passado uma hora ou mais a saltitar de aplicação em aplicação, a jogar um jogo ou a fazer scroll e a ver vídeos ou conteú­dos sem interesse nenhum. Era só tempo perdido”, conta.