Na Cova da Moura, o bairro da Amadora que foi palco da morte de Odair Moniz, vítima de dois tiros de um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, há muito que os moradores relatam um crescimento das ações policiais. “Ao fim de semana à noite — sextas, sábados e domingos — as carrinhas da polícia de intervenção circulam a toda a hora nas ruas do bairro”, conta Jakilson Pereira, presidente da associação Moinho da Juventude. “Desde a morte do Irineu Diniz (polícia morto em 2005 no bairro) que raramente abordam um cidadão sem ser com uma equipa de intervenção rápida. Depois de 2019, quando houve a condenação dos oito polícias da PSP de Alfragide (pelas agressões a seis jovens da Cova da Moura), houve um aumento das ações policiais no bairro, mas não temos registo dessas ações. Não conseguimos quantificar.”
Exclusivo
Operações ‘musculadas’ sobem 700% em bairros de Lisboa
PSP garante que criminalidade está mais violenta e nega uso de critério étnico para classificar as Zonas Urbanas Sensíveis. Mas continua a não revelar que zonas são essas