Sete euros: é este o custo do subsídio de risco de um bombeiro sapador, valor que não é revisto desde 2002 e que colocou os bombeiros em ebulição, depois de anos de sucessivas reclamações. A agravar as condições dos bombeiros, que esta quarta-feira marcharam sobre Lisboa com petardos numa mão e agulhetas de fumo na outra, está o facto de quem paga não ser quem faz as leis. Ou seja, o Governo determina, mas não paga, isso cabe às câmaras municipais fazer, o que contextualiza a raiva com que os bombeiros saíram à rua.
Para piorar, há em Portugal 468 corporações de bombeiros, 25 das quais exclusivamente de sapadores. A estas juntam-se oito corporações privativas e 435 corpos de bombeiros, detidos por associações humanitárias. Demasiados números, demasiados homens e mulheres, demasiadas confusões.