“Vou-lhe contar uma situação.” Num espanhol com sotaque brasileiro, Mari, argentina a trabalhar como nadadora-salvadora no Algarve, prepara-se para contar ao Expresso o que aconteceu a um colega do mesmo país. Os dois fazem parte das dezenas de nadadores-salvadores sul-americanos (a maioria do Brasil e Argentina) que este verão, à semelhança dos últimos anos, viajaram para Portugal para trabalhar na época alta. Mas uma mudança nas regras da imigração, no início de junho, faz com que estejam quase todos em situação ilegal, apesar da certificação do Instituto de Socorro a Náufragos (ISN) e do contrato de trabalho com os concessionários.
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Nova lei da imigração deixou ilegais dezenas de nadadores-salvadores a trabalhar nas praias do Algarve
Brasileiros e argentinos a vigiar praias no Algarve estão certificados pelo Instituto de Socorros a Náufragos, têm contrato de trabalho e estão inscritos na Segurança Social. Mas tiveram de entrar com visto de turista para chegar a tempo do verão. Agora, ninguém lhes resolve a situação e os concessionários correm o risco de fechar