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Entrar na faculdade: “Os jovens têm tanta empatia que por vezes não sabem como geri-la, o que lhes causa sofrimento”

A transição para a faculdade pode ser difícil para muitos alunos, sobretudo para os deslocados. As maiores dificuldades surgem nas relações afetivas, explica Olga Cunha, psicóloga na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, e presidente da Rede de Serviços de Apoio Psicológico no Ensino Superior. Pedidos de apoio psicológico nas faculdades aumentaram 50% desde a pandemia mas um estudante pode ter de esperar cinco meses por uma primeira consulta

Olga Cunha é psicóloga nos Serviços de Psicologia, Inclusão e Igualdade na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É a atual presidente da Rede de Serviços de Apoio Psicológico no Ensino Superior (RESAPS).
António Pedro Ferreira

Dificuldades nas relações afetivas, pressão financeira e a necessidade de uma maior autonomia são alguns dos desafios que enfrentam os estudantes recém-chegados ao ensino superior. Número de psicólogos nas faculdades é “insuficiente” e “muitos profissionais estão a trabalhar a meio tempo ou com vínculos precários, o que afeta a qualidade do serviço e a continuidade do apoio aos alunos”, lamenta Olga Cunha, presidente da Rede de Serviços de Apoio Psicológico no Ensino Superior e psicóloga na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Além disso, 15% das instituições não disponibilizam qualquer apoio psicológico aos alunos.