Podia ser um belo postal de Lisboa: a Muralha Fernandina de um lado, o Castelo de São Jorge na colina ao fundo. Mas há algo a destoar neste canto da Rua do Arco da Graça. Cinco pequenos contentores de lixo e resíduos de garrafas de vidro e papéis acumulados no chão mancham a paisagem. Não cheira mal, mas é feio. Uns metros ao lado, o restaurante do guineense Abdul Aziz poderia ter melhor vista para o castelo não fosse o lixo acumulado do outro lado da estreita rua. “Eu só ponho o lixo cá fora depois das 21h, quando fecho, mas há quem ponha a toda a hora, até móveis, o que não é bom para o negócio”, lamenta o comerciante. Em Alfama, a proprietária de um restaurante português, Alexandra (identifica-se apenas assim), de 45 anos, queixa-se da falta de ecopontos. “As embalagens de cartão e plástico acumulam-se no chão. O pior dia é a segunda-feira, pois não há recolha ao domingo.” Já perguntou a funcionários da junta sobre os contentores em falta. “Dizem que vão resolver, mas não fazem nada.”
Exclusivo
Produz-se menos lixo, mas em Lisboa comerciantes e residentes queixam-se da sujidade
Munícipes e comerciantes queixam-se de lixo nas ruas, sujidade e mau cheiro. Autarquia diz que reforçou todos os meios. No Benformoso, habitantes e comerciantes juntaram-se para pagar a limpeza da rua