Engenheiro electrotécnico de formação, Filipe Araújo ocupa a pasta do Ambiente da Câmara Municipal do Porto há uma década e a vice-presidência da autarquia desde 2017, tendo com a sua equipa desenvolvido “um caminho” para a descarbonização. Recentemente foi nomeado para o restrito Grupo Consultivo de Presidentes de Câmara da Missão das Cidades (Cities Mayors Mission Advisory Group), que considera “um reconhecimento” do trabalho desenvolvido no município, com especial destaque para o Pacto do Porto para o Clima.
Em entrevista ao Expresso, o autarca do Porto fala das apostas em espaços verdes como esponjas, na expansão de telhados fotovoltaicos e nos transportes públicos na cidade, com retorno positivo na fatura e no ambiente.
O que fez o Porto de diferente para ter o único autarca português nomeado para o Conselho Consultivo da “Missão Cidades” - «Cidades com Impacto Neutro no Clima e Inteligentes até 2030»?
Quando nos candidatamos à “Missão Cidades”, ficámos entre as 112 cidades eleitas pela Comissão Europeia como líderes no caminho para a neutralidade carbónica. Agora temos este desafio de pertencer a um grupo mais restrito de aconselhamento estratégico composto por 15 cidades que faz a ponte com a Comissão Europeia neste caminho. Sabemos que a maioria das emissões mundiais de gases com efeito de estufa (GEE) são produzidas nas cidades. É um orgulho ter sido selecionado para este grupo. Esta nomeação é fruto do trabalho que temos feito na Missão Cidades, na Energy Cities e na Eurocities. É um reconhecimento do que temos vindo a fazer nas áreas da sustentabilidade ambiental, da energia, resíduos, biodiversidade, alimentação e transição digital, e os pares reconhecem a progressão que o Porto tem tido nesta última década.