Os projetos estão definidos, o financiamento assegurado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a meta definida: até 2026, entre novas construções, adaptações e renovações de residências de estudantes existentes, a oferta para estudantes do ensino superior deslocados contará com mais 18 mil camas. O problema é que apenas 6% destas estão concluídas e 30% estão em curso, com as restantes ainda nas fases de projeto e adjudicação de empreitada. E a oferta existente – são pouco mais de 17 mil camas em residências públicas e alojamentos protocolados – chega apenas para 16% dos 108.500 alunos deslocados no ensino superior público.
Ou seja, são milhares os estudantes que neste momento estão a estudar numa universidade ou politécnico público longe de casa e que têm de pagar centenas de euros todos os meses por um quarto, muitas vezes composto por uma cama, uma secretária e espaço para pouco mais.