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Sociedade

Oferta em residências do ensino superior público só chega para 16% dos alunos deslocados

Conselho de Ministros desta quinta-feira é dedicado aos problemas dos jovens. Falta de alojamento estudantil é uma das preocupações em cima da mesa. Construção de camas avança a passo lento e os estudantes exigem medidas mais imediatas. Neste momento e de acordo com os dados compilados pelo Observatório do Alojamento Estudantil, o preço médio por um quarto em Portugal está nos 386 euros, variando entre os €455 em Lisboa e os €150 na cidade da Guarda

Universidade do Porto

Os projetos estão definidos, o financiamento assegurado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a meta definida: até 2026, entre novas construções, adaptações e renovações de residências de estudantes existentes, a oferta para estudantes do ensino superior deslocados contará com mais 18 mil camas. O problema é que apenas 6% destas estão concluídas e 30% estão em curso, com as restantes ainda nas fases de projeto e adjudicação de empreitada. E a oferta existente – são pouco mais de 17 mil camas em residências públicas e alojamentos protocolados – chega apenas para 16% dos 108.500 alunos deslocados no ensino superior público.

Ou seja, são milhares os estudantes que neste momento estão a estudar numa universidade ou politécnico público longe de casa e que têm de pagar centenas de euros todos os meses por um quarto, muitas vezes composto por uma cama, uma secretária e espaço para pouco mais.