O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tremeu mas não caiu em novembro, como havia alertado o diretor-executivo, Fernando Araújo. Os hospitais e os centros de saúde mantiveram-se resilientes face à escusa de centenas de médicos ao trabalho suplementar excessivo; os constrangimentos em todo o país, incluindo na nevrálgica rede rápida coronária ou para AVC, não impediram, ainda assim, a assistência, e a procura global até foi menor do que no ano passado.
A região de Lisboa foi das mais visadas pelo protesto dos médicos, com vários serviços, sobretudo de urgência, a terem de limitar o acesso ou a reencaminhar doentes. O Hospital de Santa Maria foi a maior porta SOS sempre aberta, mas na maioria dos dias não registou sobressaltos. Durante o mês de novembro a urgência central somou 10.110 admissões, quase nada acima do mesmo período de 2022, com 10.072. A exceção foi a semana de 13 a 18. Foram registadas “médias diárias entre 400 e 470 e três dos dias ficaram acima do máximo diário do ano passado, que tinha sido de 449 episódios”, adiantam os responsáveis.