Parece um disco riscado, mas são os factos científicos. Longe de cumprir as promessas de cortar para metade as emissões de gases de efeito de estufa até 2030 e de apostar numa transição energética equilibrada, o plano desenhado pelos governantes mundiais é “produzir mais 110% de combustíveis fósseis em 2030 do que o considerado compatível com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C; e mais 69% do relativo à meta de 2°C”, até ao fim do século (por comparação à época pré-industrial). Isto quando o compromisso era cortarem para metade.
Esta é uma das principais constatações de mais um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), apresentado esta quarta-feira, a menos de um mês de se realizar a 28ª Conferência das Partes da ONU sobre alterações climáticas (COP28). E vem reforçar outro de há um ano, que já apontava para que o planeta se encaminhe para uma subida da temperatura média de 2.6°C.