Exclusivo

Sociedade

Entre 1983 e 2021, houve uma redução de 48% de novos casos de VIH e 66% de sida em Portugal

Homossexuais são 70% dos novos casos sub-30. Diagnósticos tardios superiores em homens heterossexuais com mais de 50 anos, da zona centro

Um laço vermelho, um símbolo luta contra a Sida
China Photos/Getty Images

Olhar para as estatísticas da evolução do VIH/sida em Portugal é analisar um combate em que a doença está claramente a perder. Entre 1983 e 2021, houve uma redução de 48% de novos casos de VIH e 66% de sida, revela o último relatório da DGS. O maior valor anual de diagnósticos foi registado em 1999, no pico do consumo de drogas injetáveis. Em 2020 desceu-se pela primeira em 30 anos da marca do milhar.

Cumulativamente estão registados 64.257 casos de infeção, dos quais 23.399 (36,4%) atingiram o estádio de sida. São mais homens que mulheres, entre os 30 e os 39 anos à data do diagnóstico, metade residente na Grande Lisboa e 25% na região norte, em especial nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal. Cerca de 70% nasceram em Portugal e 20% na África subsariana. A transmissão, em 66% dos casos, deu-se por via sexual, maioritariamente heterossexual. Os casos de homens que têm sexo com homens representam 20% e os consumidores de droga injetada 30%. Estão registados 633 casos em crianças com menos de 15 anos, mas 92% foram diagnosticados há mais de uma década, o que revela o sucesso da quebra da transmissão mãe-filho. No total das quatro décadas morreram 15.555 pessoas. A covid fez 25.796 vítimas em três anos.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.