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Emigração: da Islândia à Noruega, Países Baixos ou Suíça, nove jovens explicam o que os levou a deixar o país nos últimos anos

A emigração dá sinais de ter subido em 2022 e há vários países com recorde de entradas ou que não as viam aumentar tanto há dez anos, como a Suíça. António Costa já anunciou novas medidas para reter os jovens, incluindo a devolução do valor das propinas por cada ano de trabalho em Portugal ou a isenção do IRS no primeiro ano de vida ativa, mas não será fácil competir com a diferença salarial entre o que é pago cá e lá fora em várias áreas profissionais. Nove jovens explicam ao Expresso as razões que os levaram a emigrar nos últimos anos e o que mudou nas suas despesas

Expresso

Raquel Albuquerque

Sofia Miguel Rosa

1.
ALEXANDRA VAZ
28 anos | Ciências Farmacêuticas
Bélgica

A experiência de Erasmus em Berlim, no último ano do curso de Farmácia, marcou-a. Voltou para Lisboa, começou a trabalhar numa farmácia, mas estava insatisfeita com o que recebia e tinha vontade de voltar a viver fora do país. Recebia então pouco mais de €1000 líquidos, arrendava um quarto numa casa partilhada e procurou uma alternativa lá fora.

Começou por um estágio remunerado na Agência Europeia do Medicamento, em Amesterdão, nos Países Baixos, deixando Portugal em outubro de 2020. Ao fim de dez meses de estágio, foi contratada, passando a receber mais de €3000 líquidos por mês. “Nos Países Baixos, é dado um desconto nos impostos a altos qualificados que venham de fora, em parte porque o país não contribuiu para o nosso processo formativo. O desconto vai até 30% a menos de impostos”, resume Alexandra Vaz, 28 anos.

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