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Sociedade

Rufias atrás dos ecrãs: o ódio online está a crescer e “facilmente escala para uma violência extrema” em períodos de crise

Estudo do Centro de Psicologia da Universidade do Porto analisou o hiato entre o aumento das ofensas racistas e discriminatórias na Internet e as parcas denúncias. Direita radical, indefinição do conceito e fraco controlo das redes sociais alimentam o fenómeno

“Escravo chorão”. “Preto de merda”. “Volta para o teu país”. “Volta para a selva, macaco”. No passado 27 de agosto, já noitinha, a página do Instagram de Otávio Ataíde, futebolista brasileiro do Famalicão, encheu-se de ofensas racistas. Foi dia de jogo em Alvalade e no fim da partida, ganha pelos leões, o jogador criticou a arbitragem, que teria favorecido o adversário. Foi o que bastou.