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Deve proibir-se o uso de telemóveis nos recreios? O PS não acha necessário

BE propõe limitação de uso de smartphones no recreio para os mais novos. PS recusa “proibicionismo”

A petição pública que propõe recreios sem smartphones já conta com mais de 17.600 assinaturas
Getty Images

Mais conversas cara a cara e menos ecrãs. Mais brincadeiras e menos redes sociais. Mais socialização e menos contacto com conteúdos impróprios para a sua idade e risco de cyberbullying. São estes os comportamentos que os mais de 17.600 subscritores da petição pública “VIVER o recreio escolar, sem ecrãs de smartphones!” querem promover, em prol de uma convivência mais saudável naqueles espaços e que pede, por isso, uma revisão do atual Estatuto do Aluno quanto ao uso de telemóveis nas escolas. Na semana passada, o Bloco de Esquerda juntou-se ao debate e entregou no Parlamento uma iniciativa legislativa e respetivo projeto de resolução para a proibição do uso de smartphones no recinto escolar para crianças do 1º e 2º ciclos do ensino básico (do 1º ao 6º anos).

Para o deputado do PS Tiago Estêvão Martins esta é uma discussão que deve estar enquadrada dentro da autonomia das escolas e dos seus projetos educativos. “A palavra de ordem é equilíbrio sobre qualquer matéria nos contextos escolares, e este é fora da sala de aula. Não acreditamos no proibicionismo generalizado, nem no entusiasmo ingénuo. Estas questões merecem reflexão e termos em consideração o envolvimento das comunidades educativas, como professores, psicólogos, auxiliares da ação educativa, famílias e alunos.”