Em plena primavera, os dias têm sido quentes e, com eles, sucedem-se histórias de salvamentos nas praias portuguesas, maioritariamente ainda sem vigilância. No fim de semana da Páscoa – entre 7 e 9 de abril –, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) resgatou 33 pessoas, num período de “grande afluência” aos areais. Na véspera, dia 6, três pessoas morreram afogadas.
Foi a partir desse dia que a AMN concretizou um “reforço de meios no âmbito do projeto de vigilância motorizada, através de motos 4x4 tripuladas com militares da Marinha Portuguesa com formação em todo o terreno, curso de nadador-salvador e formação em desfibrilhador automático externo”, esclarece ao Expresso.
O reforço da “vigilância e fiscalização em algumas das zonas balneares” ocorreu com o objetivo de “sensibilizar a população a evitar comportamentos de risco”, lia-se em comunicado. Entre os conselhos estão manter as crianças sempre próximas ou não virar as costas ao mar: nesta altura é um “mar de inverno”, ou seja, com “risco elevado” devido aos “efeitos da agitação marítima” e à “morfologia alterada pelo efeito da ondulação forte que se verifica normalmente neste período”, criando zonas de declives acentuados ou agueiros que “não se encontram sinalizados nesta altura do ano”.