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Em três anos, houve 142 incidentes entre orcas e veleiros na costa portuguesa. Velejadores e autoridades nacionais procuram soluções

As interações entre orcas e veleiros aumentaram desde 2020 e não se sabe porquê. Apesar de a subpopulação ibérica deste cetáceo estar entre os três mamíferos selvagens mais criticamente ameaçados em Portugal, há velejadores e pescadores que, por medo, carregam petardos e caçadeiras nas embarcações com riscos acrescidos para ambas as espécies.

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Pouco passava das duas da tarde da última terça-feira de Carnaval, a 21 de fevereiro último, quando o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC) recebeu um alerta de um veleiro que se encontrava a duas milhas náutica a sudoeste do Cabo Espichel, a pedir ajuda por estar a ter uma interação com orcas. Duas horas depois houve outro.

Num e noutro caso, um grupo de orcas ibéricas cercou os veleiros e partiu-lhes o leme, deixando-os à deriva, obrigando a que as embarcações tivessem de ser rebocadas para porto seguro, em Sesimbra, sem que os tripulantes sofressem qualquer dano..