O Requerimento de Abertura de Instrução de Manuel Pinho começa com um ato de contrição. O ex-ministro da Economia assume que “cometeu, ao longo de vários anos, crimes de fraude fiscal, tendo “embarcado” num esquema global dentro do GES, em que os pagamentos de parte das remunerações e de prémios eram feitos “por fora”, inclusive para offshores, do que está profundamente arrependido” Para o principal arguido do caso EDP, “não vale a pena dourar a pílula”: Isto é, “não o devia ter feito” e “tem consciência da gravidade da sua conduta, penitenciando-se por ter feito parte dessa engrenagem, ainda por cima tendo posteriormente aceitado pertencer a um Governo da República, o que agrava a sua conduta”. No entanto, “hélas, o que já está, já está”.