O ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho Miguel Reis, um dos cinco detidos na terça-feira no âmbito da “Operação Vórtex”, ficou este sábado em prisão preventiva, aplicada pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
O mesmo aconteceu ao empresário Francisco Pessegueiro, a quem foi também aplicada a medida de coação mais gravosa.
De acordo com um comunicado do juiz presidente do tribunal, os dois arguidos ficam em preventiva “por se ter entendido que se verificam os perigos de perturbação do inquérito”, “o perigo para a aquisição, conservação ou veracidade da prova” e “em razão da natureza e das circunstâncias do crime e personalidade dos arguidos, de que estes continuem a atividade criminosa ou perturbem gravemente a ordem e a tranquilidade públicas”.
Os cinco arguidos foram detidos na terça-feira por suspeitas de corrupção e de outros crimes económico-financeiros cometidos, alegadamente, "em projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", segundo a Polícia Judiciária (PJ).
Os suspeitos foram presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto (TIC), com o Ministério Público (MP) a pedir, na sexta-feira, a aplicação da medida de coação de prisão preventiva a Miguel Reis e ao empresário José Pessegueiro. O que veio a acontecer.
Os outros três arguidos - o chefe da divisão do Urbanismo José Costa, um outro empresário e um arquiteto - foram libertados na sexta-feira, disse à agência Lusa fonte policial. O primeiro ficou suspenso de funções públicas. E um dos outros dois sujeito ao pagamento de uma caução de 60 mil euros.
O tribunal proibiu estes três arguidos que ficaram em liberdade de contactarem entre si bem como falarem com testemunhas do processo.