A medicina portuguesa não vai ter mais uma especialidade. A especialização em medicina de urgência, focada nos cuidados prestados a agudos nos atendimentos SOS dos hospitais, foi chumbada pela Ordem dos Médicos (OM). A decisão foi conhecida ao início da tarde desta segunda-feira.
Existente noutros países, a especialidade é defendida há vários anos por muitos médicos e foi a votos esta segunda-feira. A Assembleia de Representantes da OM reuniu-se e deu um parecer negativo.
A decisão de não aprovar a nova especialidade médica acontece depois de um parecer favorável prévio do grupo de trabalho nomeado pela Ordem há três anos. A análise dava como positiva a especialização, atualmente apenas reconhecida pela Ordem dos Médicos como sendo uma “competência” na formação pós-graduada.
Na passada sexta-feira, dezenas de médicos promotores da nova especialidade estiveram na Assembleia da República a apresentar e debater argumentos. Muitos diretores de serviços de urgência dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) eram favoráveis, mas os especialistas em medicina interna, maioritários nas urgências, sempre foram críticos.