Além de representar em Portugal os interesses de Sérgio de Carvalho, um antigo militar brasileiro que se dedicou ao tráfico de droga e conquistou o título de “Escobar brasileiro”, a rede de traficantes liderada por Rúben “Xuxas” Oliveira tinha ligações privilegiadas e acesso direto ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Clã do Golfo, duas das maiores organizações criminosas do mundo com ligações ao tráfico de droga no Brasil, México, Colômbia e na Bolívia.
Segundo uma fonte próxima do processo que levou esta semana à detenção de nove elementos da rede liderada por “Xuxas”, “os suspeitos tinham acesso direto às fontes de abastecimento que exportavam cocaína produzida tanto na Colômbia como na Bolívia”. De acordo com a promoção do Ministério Público a que o Expresso teve acesso, o grupo terá importado cocaína tanto do Brasil como da Colômbia num total de, no mínimo, “uma tonelada de droga”. Cada quilo é vendido a €40 mil. Ou seja, o grupo movimentou 40 milhões de euros em droga.