O Estado reteve, no ano passado, cerca de 19% de IRS a mais face ao que devia. Segundo o “Jornal de Negócios”, o principal motivo é por exigir descontos mensais acima da taxa final de IRS, reembolsando depois as famílias em cerca de 2,8 mil milhões de euros.

O Governo de António Costa propõe,no Acordo de Rendimentos apresentado aos parceiros sociais, a “aproximação e, sempre que possível, a eliminação da diferença entre a retenção na fonte de IRS e o imposto devido”. O objetivo é dar mais liquidez às famílias e apelar, ao mesmo tempo, às empresas que subam os salários em 4,87%.

A retenção na fonte é uma forma do Estado arrecadar receita ao longo do ano através de um desconto mensal aos trabalhadores, antecipando o IRS anual a pagar. Contudo, há um desfasamento entre ambos, resultando num reembolso a receber pelo contribuinte.