O professor João Oliveira garante que nunca chegou a ser convocado pelo Ministério Público ou pela Polícia Judiciária para depor como testemunha no caso do alegado encobrimento do bispo José Ornelas dos casos de abuso sexual de padres sobre crianças acolhidas no orfanato no Centro Polivalente Leão Dehon, dirigido por um padre italiano em Moçambique: “Fiz uma queixa-crime ao DIAP de Lisboa em 2011 quando percebi que os meus superiores hierárquicos no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) nada tinham feito depois de lhes ter revelado o caso”, conta ao Expresso este denunciante.
O caso acabou por ser arquivado pela Justiça nesse mesmo ano. O MP justificou que os “factos participados ocorreram em Moçambique não sendo os ofendidos cidadãos portugueses". E que por isso “não havia lugar a procedimento criminal em Portugal, por incompetência territorial”.