Há 2281 doentes em lista de espera para receber um transplante. Segundo o “Jornal de Notícias”, a esmagadora maioria aguarda por um rim, mas há quem precise de um coração, de um fígado, de um pulmão e de um pâncreas. Os dados são do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e referem-se ao primeiro semestre deste ano.
Nos primeiros seis meses do ano, foram realizados 365 transplantes. Este número é inferior ao número de transplantes realizados no mesmo período em 2021 - foram 370 -, mas superior aos transplantes feitos em 2020 (315).
Apesar do número de dadores ter aumentado face a 2021, o número de órgãos colhido é menor. De acordo com o IPST, entre janeiro e junho deste ano, foram colhidos 398 órgãos num total de 177 dadores: menos 30 órgãos colhidos e mais 15 dadores face ao período homólogo de 2021.
Em entrevista ao Expresso, a presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), Cristina Jorge, avisou que a falta de recursos humanos é um fator que limita os transplantes em Portugal. “Muitas equipas estão minimizadas e a trabalhar no limite das suas capacidades”, lamenta.