A Comissão de Acompanhamento dos Serviços de Urgência de Obstetrícia e Ginecologia reuniu-se na manhã desta segunda-feira com a ministra da Saúde para encontrar soluções para a crise que atinge o Serviço Nacional de Saúde. O encontro de trabalho foi breve e sem declarações aos jornalistas, mas sabe-se, ainda assim, que a necessidade de articulação entre os hospitais voltou a ser prescrita.
Diogo Ayres de Campos, coordenador nacional da comissão com seis elementos e constituída há uma semana pelo Governo, já tinha referido, à agência Lusa, que um dos objetivos é conseguir uma fórmula para que exista “maior coordenação” entre os hospitais quando a maternidade ou o bloco de partos estão encerrados. O diretor da Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte e presidente da Associação Europeia de Medicina Perinatal considerou que é necessária mais coordenação entre as unidades para que quando um bloco de partos ou uma urgência encerram não o façam em simultâneo e de forma desorganizada, como se assistiu nos últimos dias.
A “primeira prioridade” da comissão “é arranjar soluções para o verão”, mas, ao mesmo tempo e já que está a lidar com “estes problemas agudos”, começar “a pegar nos problemas mais estruturais e tentar alterações, porque senão está apenas a reagir e não a planear”, explicou o médico.
O grupo de trabalho reúne-se também esta segunda-feira com as administrações regionais de saúde. O encontro está marcado para a tarde.