Rui Pinto já não vai depor na sessão de 13 de maio do julgamento do processo Football Leaks pela simples razão de a audiência ter sido adiada pela juíza Margarida Alves. Motivo: o outro arguido do processo, o advogado Aníbal Pinto, pediu o afastamento da procuradora Marta Viegas depois de uma inspetora da PJ ter revelado em tribunal que esta magistrada se reuniu com colegas da polícia que tinham sido arrolados como testemunhas pelo advogado/arguido que chegou a representar Rui Pinto.

De acordo com uma fonte judicial, a juíza anulou as sessões de 13 e 16 de maio para que a procuradora se possa pronunciar sobre o pedido de afastamento. Depois, ao que tudo indica, irá decidir se o pedido de Aníbal Pinto é ou não justo.

No pedido de recusa, Aníbal Pinto considera que a reunião entre Marta Viegas e os inspetores da PJ, além de "lamentável" e "moralmente inaceitável", é "absolutamente ilegal". No email revelado em tribunal pela inspetora Aida Freitas, o inspetor Jorge Amador convoca os colegas para uma reunião com a procuradora a realizar-se já depois de o julgamento ter começado para "afinar a estratégia da inquirição de cada um de vós".

Aníbal Pinto está a ser julgado por um crime de extorsão na forma tentada.