Sociedade

Covid-19. Linha SNS24 com novo centro, mais profissionais e atendimentos automáticos - e um novo algoritmo

Reforço vai estar concluído até a segunda semana de janeiro e é a resposta do Governo à expectável explosão de novas infeções covid a partir dos próximos dias

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

A linha de apoio SNS24 vai aumentar a oferta numa tentativa de minimizar a demora provocada pelo aumento exponencial dos casos de covid-19 nos últimos dias, e que irá agravar-se. O reforço inclui um novo centro de atendimento em Beja, a contratação de mais 750 profissionais e a introdução de alguns procedimentos automáticos de resposta aos cidadãos.

Numa nota enviada na manhã desta quarta-feira às redações, o gestor do serviço, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, adianta que a abertura de novos call centers vai "beneficiar de recursos humanos disponíveis noutras regiões". Durante a semana passada, foi aberto um centro em Coimbra, que "terá 100 profissionais até ao final desta semana e 250 até ao final de janeiro", e outro "vai abrir em Beja até à primeira semana de janeiro".

Para garantir os novos pontos de serviço, assim como para reforçar os que já estão no terreno, está ainda prevista a "formação e contratação de novos profissionais; atualmente são cerca de cinco mil - maioritariamente enfermeiros, mas também psicólogos, farmacêuticos, médicos-dentistas, administrativos, intérpretes de Língua Gestual Portuguesa e estudantes de medicina do sexto ano - e até ao final da segunda semana de janeiro serão mais 750, uma subida de cerca de 15%". Ainda nos recursos humanos, haverá uma "diversificação das categorias dos profissionais e das respetivas tarefas para otimizar o atendimento".

A melhoria do atendimento vai incluir também "a revisão de alguns algoritmos para elevar a sua eficiência e a adoção melhorada e alargada de soluções de atendimento automatizado, nomeadamente as entradas na linha e a integração de novas modalidades de encaminhamento".

Neste caso, as orientações automatizadas incluirão "utentes considerados contactos de alto risco com um doente com covid-19, como coabitantes; utentes considerados contactos de baixo risco; utentes que não são considerados contactos de risco; utentes com teste PCR, TRAG ou autoteste positivo ou utentes com teste serológico positivo".

Os responsáveis dos SMPS explicam que contam ter "nos próximos dias uma elevação da pressão sobre a linha", pelo que não estão postas de parte outras "medidas que se venham a revelar necessárias para salvaguardar a qualidade do serviço".