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Relatamos casos de inscrições rejeitadas em centros de saúde – uma “irresponsabilidade” que o ministério não diz se vai averiguar

Ainda que a lei estabeleça que o utente pode “manifestar a opção pela unidade funcional onde pretende vir a ter o seu médico de família”, há centros de saúde a recusar novas inscrições. “Ordens superiores”, disseram a Fernando Santos, uma das pessoas que relata o seu caso ao Expresso

NUNO VEIGA/LUSA

A inscrição num centro de saúde não pode ser rejeitada, sublinhou há pouco mais de 15 dias o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, mas o Expresso recolheu testemunhos de casos em que é isso mesmo que está a acontecer, acabando os utentes ‘empurrados’ para unidades fora das suas áreas de residência. Aos jornalistas, António Lacerda Sales disse na altura desconhecer a existência de situações desta natureza, mas foi claro: “Se aconteceu é uma irresponsabilidade e deve ser comunicado”.

Fernando Campos, 70 anos, não reclamou perante nenhuma entidade, mas passou pela experiência ao acabar inscrito no Centro de Saúde de Sete Rios, apesar de o mais próximo da sua morada ser o de Benfica. Foi aí que começou por tentar registar-se. “Não são aceites nem mais uma inscrição de utentes neste Centro de Saúde por limite, são as ordens superiores”, foi a resposta que lhe deram ao balcão, já este ano.