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MP acusa agente da PSP de agressões e insultos a Cláudia Simões: “Agora é que te vou mostrar, sua macaca”

O agente Carlos Canha é acusado de sequestro, abuso de poder, injúrias e ofensas à integridade física a Cláudia Simões e a outras duas outras pessoas na esquadra da PSP do Casal de São Brás, na Amadora. Dois agentes da mesma esquadra são também acusados de abuso de poder. Cláudia Simões defendeu-se à dentada e para o MP isso é "direito à resistência"

Cláudia Simões mostra-nos zonas da sua cabeça cujo cabelo diz ter sido arrancado pelo agente da polícia que a imobilizou e algemou junto à paragem de autocarros na Rua Elias Garcia, na Falagueira, Amadora, onde ela vive com o marido e os filhos.
Ana Baião

Depois de manietar e deter ilegalmente Cláudia Simões junto a uma paragem de autocarro na Amadora, o agente da PSP Carlos Canha enfiou a mulher num carro-patrulha. De acordo com o Ministério Público (MP) os gritos começaram imediatamente: “Agora é que te vou mostrar, sua puta, sua preta do caralho, seu caralho, sua macaca”, enquanto lhe desferia vários socos na cara. Ao mesmo tempo que ela se tentava proteger, baixando a cara para não ser atingida, o arguido Carlos Canha dizia-lhe “estás a baixar a cara, caralho” e comentava: “ainda por cima esta puta é rija”. À saída da viatura junto à esquadra o arguido Carlos Canha desferiu-lhe um pontapé que a atingiu na testa.”

Os dois agentes que também iam no carro-patrulha, João Gouveia e Fernando Rodrigues nada fizeram para impedir as agressões de Carlos Canha, diz o MP