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Operação Marquês. MP arrasa Ivo Rosa: “Interpretações erradas e viciadas”, “leitura tendenciosa e adulterada” e “desprezo” pela investigação

Procuradores usam palavras duras para classificar o despacho instrutório de Ivo Rosa. As mais de 1800 páginas têm um único objetivo: apagar toda a intervenção de Ivo Rosa e julgar os 28 arguidos nos termos exatos da acusação. Para os procuradores, José Sócrates tem mesmo de ser julgado por corrupção

MARIO CRUZ/POOL

O procurador Vítor Pinto, indicado como o "magistrado subscritor" do recurso do Ministério Público contra a decisão de não pronúncia de Ivo Rosa, acusa o juiz de instrução de ter ignorado factos criminosos que admitiu estarem indiciados só para destruir a acusação, que visava 28 arguidos e imputava a José Sócrates, ex-primeiro-ministro, vários crimes de corrupção.

As críticas duras a Ivo Rosa encontram-se um pouco pelo documento de 1818 páginas a que o Expresso teve acesso. “A decisão instrutória revela menosprezo e incompreensão pelo trabalho de recolha de prova feito em sede de inquérito e procura apoucar as intervenções judiciais”.