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Lixo marinho: o “problema global” que está a dar à costa

Banhos de sol, cheiro de maresia, mergulhos refrescantes e… plástico a boiar? Há um “problema global” que está a dar à costa nas nossas praias. Neste Dia Internacional da Limpeza Costeira damos-lhe a conhecer os ativistas e organizações que estão na linha da frente do combate à poluição dos oceanos

Estima-se que em 2050 vamos ter mais plástico do que peixes no mar
BORJA SUAREZ

Imagine que a cada minuto um camião de lixo era despejado na sua praia.

Segundo as Nações Unidas é esta a escala do problema global, estimando-se que todos os anos entram no mar cerca de 11 milhões de toneladas de plástico. Sem mudanças, a previsão é que em 2040 este valor chegue às 29 milhões de toneladas anuais. E isto é só o plástico, que representa entre 60% e 90% de todos os resíduos que estão a acabar nos oceanos.

Se a maioria afunda (70%), há uma parte que continua a flutuar e eventualmente encontra nas marés um caminho de volta para terra. Foi a partir desta realidade que a Oceans Conservancy iniciou, há mais de 30 anos, o Dia Internacional da Limpeza Costeira - que se assinala anualmente no terceiro sábado de setembro.

“A importância deste dia é realmente chamar a atenção para um dos problemas que mais afeta o oceano, ou pelo menos o que é mais visível e fácil das pessoas perceberem, o lixo marinho”, explica Flávia Silva, da Fundação Oceano Azul. “Estamos na época balnear e temos as praias muito mais limpas do que noutras alturas do ano. Logo, a recolha de lixo é mais simbólica e de sensibilização.”