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Sociedade

Negacionistas obrigam a PSP a reforçar a segurança de políticos

Polícias receiam que os negacionistas atraiam pessoas desequilibradas que tenham ações violentas

Ferro Rodrigues foi alvo de insultos enquanto almoçava num restaurante junto ao Parlamento, no último sábado
D.R.

Os insultos de um grupo de negacionistas da covid-19 a Eduardo Ferro Rodrigues, enquanto o presidente da Assembleia da República almoçava num restaurante junto ao Parlamento, onde decorria uma manifestação do movimento, levaram a uma subida de alerta por parte das forças de segurança. Isto porque a ação do último sábado vem na sequência de outros dois episódios recentes que também causaram preocupação: os impropérios e empurrões ao vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da task force da vacinação contra a covid-19, junto a um centro de vacinação na Azambuja, em meados de agosto, e os insultos do juiz negacionista Rui Fonseca e Castro aos agentes da PSP que faziam o cordão de segurança à porta do Conselho Superior da Magistratura, onde o magistrado suspenso de funções ia ser ouvido, na semana passada.

O Expresso sabe que as forças de segurança estão a planear que alguns ministros venham a ter um reforço de operacionais do corpo de segurança pessoal da PSP, em especial aqueles que têm sido usados como ‘bodes expiatórios’ pelos antivacinas e teóricos da conspiração para a implementação das restrições causadas pela pandemia. Na última manifestação junto ao Parlamento, por exemplo, as palavras de ordem tiveram como alvo a obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas, tendo inclusive os negacionistas queimado várias máscaras junto a um grupo de crianças.