O maior pedaço de plástico encontrado pelo investigador João Pequeno nas entranhas de um carapau tinha 4680 micrómetros, o que equivale a cerca de cinco milímetros. Dificilmente seria consumido se tivesse ido parar ao prato de alguém, porque as tripas do peixe normalmente não são comidas. Porém, isso não significa que não andemos a comer plástico, já que, como explica ao Expresso este investigador do Centro de Ciências do Mar (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova (FCT Nova), “quando consumimos peixes ou bivalves, podemos ingerir sem os detetar nanoplásticos que entretanto passaram para o músculo do peixe”.
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Em vez de um grão de areia, pode encontrar um pedaço de plástico no carapau que vai comer
Novo estudo de investigadores portugueses confirma a presença de microplásticos em espécies marinhas da costa portuguesa, como o carapau, a cavala, o mexilhão ou a lambujinha