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“Raspadinha” do Património: “O Estado até pode não ter o dever de proteger os cidadãos, mas também não tem o direito de os expor a riscos”

Lançada há três dias pelo Ministério da Cultura, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a nova ‘raspadinha’, cujas receitas vão ser utilizadas na preservação do património cultural, continua a merecer a desaprovação de determinados sectores. A Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde e Psiquiátrica da Ordem dos Enfermeiros, presidida por Francisco Sampaio, defende que a iniciativa deveria ser repensada, tendo em conta os riscos sociais e para a saúde mental. Ordem dos Enfermeiros não assume posição sobre o assunto

Horacio Villalobos/Getty Images

Se “por princípio ideológico podemos considerar que o Estado não tem o dever de proteger os cidadãos, seguramente todos concordamos que também não devem promover e incentivar um jogo com elevado potencial aditivo” e expor esses mesmos cidadãos a “riscos”. As palavras são de Francisco Sampaio, cujo organismo a que preside, a Mesa do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde e Psiquiátrica da Ordem dos Enfermeiros, defende que o Governo e o Ministério da Cultura deveriam repensar a decisão de obter verbas para a preservação do património cultural através das receitas obtidas com uma nova “raspadinha”, a Lotaria do Património Cultural.