É esperada uma concorrência acesa entre destinos no momento em que o turismo reabrir e a pandemia de covid-19 der tréguas para se poder viajar, designadamente a partir de muitos países europeus que permanecem fechados. E as ilhas Maldivas já se estão a posicionar para estar na linha da frente nesta 'corrida', inclusivamente a oferecer vacinas aos visitantes, segundo avança a CNN.
O ministro do Turismo das Maldivas, Abdulla Mausoom, adiantou que o país está a montar um esquema de "turismo 3V", que permitiria aos turistas "visitar, vacinar e passar férias". O objetivo é o de impulsionar o turismo no arquiélago do Índico, que antes da pandemia costumava receber 1,7 milhões de visitantes por ano, oferecendo duas doses da vacina contra o novo coronavírus aos visitantes, o que significa que estes terão de permanecer várias semanas nas Maldivas.
"Promovemos o destino como um porto seguro para os turistas", frisou Abdulla Mausoom, antecipando haver vacinas à covid em número suficiente para atender aos viajantes internacionais nas Maldivas, que já receberam doações de imunizantes da Índia e da China, além de integrarem o sistema Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS). "Não acho que o abastecimento de vacinas seja um problema nas Maldivas, porque nossa população é relativamente pequena", salientou o ministro do turismo.
Não é claro, ainda, se os turistas terão de assumir os custos ao serem vacinados para entrarem nas Maldivas. O arquipélago do Indico conta com cerca de 500 hotéis e resorts, que estão abertos a visitantes internacionais.
As Maldivas fecharam as fronteiras no final de março devido à pandemia, mas o destino foi dos primeiros a anunciar a reabertura aos turistas internacionais a partir de julho, embora mantendo a restrição de pedir aos visitantes que apresentem à entrada um teste negativo à covid-19.
As Maldivas apresentam números relativamente baixos sobre o surto sanitário, tendo tido um total de 25.939 casos e 67 mortes desde o início da pandemia, e 53% da população já recebeu a primeira dose da vacina, incluindo 90% dos trabalhadores do turismo. No ano passado, o destino recebeu 555.494 visitantes, acima das previsões, que apontavam para 500 mil.