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Sociedade

Os mais velhos mostraram segurança no ensino à distância

Tiago Miranda

Os professores em fim de carreira não foram necessariamente os que tiveram mais dificuldade no ensino à distância, porque a segurança adquirida ao longo do tempo foi uma mais-valia na relação com o aluno, antecipa Marco Bento, baseando-se num estudo que está a ser desenvolvido pelo Centro de Investigação em Educação, da Universidade do Minho, que dá continuidade a uma pesquisa anterior, que procura categorizar os professores. A forma como lidaram com as exigências do ensino à distância variou consoante o profissional em causa. Um estudo sobre o perfil dos professores e a sua aprendizagem ao longo da vida, que conta com uma amostra de duas mil pessoas, detetou três perfis: o que resiste a qualquer tipo de mudança, que não tem visão além dos procedimentos burocráticos; o transformador, aquele em que ainda não aconteceu nada e já está pronto para avançar para as alterações, correndo o risco de o fazer de forma precipitada, e o terceiro, disposto a adequar-se às transformações mediante condições, nomeadamente o conhecimento de alguns fatores determinantes para a obtenção de resultados. “Este último grupo corresponderá a 60% dos professores”, explica. Partindo desta categorização, conclui que o professor que quer transformar precisa do apoio da escola, independentemente de as atividades serem realizadas dentro ou fora dela.